Caro Léo,
Após a releitura de seu monólogo, o que o fiz com muito prazer e em meio à gargalhadas,
deparei-me com uma das melhores aulas de história as quais já "assisti".
Uso a palavra "assisti" devido à transparência das idéias, fazendo-nos vivenciar junto ao Coronel as suas peripécias e tramas. O texto é tão explicitamente teatralizado que já está pronto para ser encenado, sem quaisquer adaptações. E isso você vem fazendo muitíssimo bem pelos palcos de Belo Horizonte e demais cidades. Parabéns! E lembre-se que este elogio não vem vazio, pois já tive o prazer de assistir ao Coronel Apolodoro Máximo pelo por cinco vezes, e pretendo "vê-lo" mais.
"Máximo" é um personagem completo e complexo, assim como são os seres
humanos e vem sendo muito bem explorado por você, o criador.
Durante a narrativa e encenação, o público se depara com o momento da fé,
da paixão por uma mulher, do pavor de assombração, do medo da onça…
E quem é que não tem uma "assombração", mesmo que apenas interna, em sua vida?...
Além da riqueza de detalhes histórico-culturais sobre o Brasil e o mundo e do apurado vocabulário,
seu Monólogo prende a atenção do leitor do início ao fim, trazendo-nos o desejo de
sabermos mais sobre a vida deste "modesto" Apolodoro.
Meus sinceros cumprimentos pela dedicação ao trabalho.
Os frutos colhidos só poderiam ser estes atuais; sucesso, satisfação, excelência - a busca constante pela superação do indivíduo, barreira traçado por nós mesmos, afinal, o plantio tem sido perfeito.
Uma obra rica em lições relevantes como a passagem " A guerra que o homem carece é a de dentro" e "O outro lado da margem da vida, a verdadeira".
Rico, distinto e autêntico como nosso saudoso Guimarães Rosa.
O leitor embarca numa viagem "descomunal" de onde não pretende regressar,
pelo menos enquanto não souber dos próximos desfechos.
É inevitável, e por assim ser, mencionarei com admiração a bagagem mental e intelectual do autor, seus estudos mitológicos e históricos, assim como é claramente perceptível a inteligência do mesmo, tendo a capacidade/maturidade de escrever um texto como este.
Finalizo esta apreciação lembrando-me da oportuna crítica à politicagem corrupta,
à ignorância do povo ao votar, da "bondade" das pessoas "tão enganadas"…
Somente tenho a elogiar…
Orgulho-me de você, Léo, grande poeta, grande ator, diretor teatral, escritor...
Principalmente, grande pessoa humana que é! Simplicidade é tudo e é para poucos, e você vem encenando isto, não só como o modesto "Apolodoro", como também todos os dias no palco da vida!
A você cabem muitos adjetivos...
Sem mais palavras! Que o nosso país o conheça!
Luciana Campos, março de 2010.
Jornalista